Hoje faz um mês que o escritor Bartolomeu Campos de Queirós morreu... Não, não morreu. Vive e viverá para sempre em seus livros, em seus personagens. E, principalmente, nos corações dos leitores.
Transcrevo aqui o que disse o escritor Leo Cunha, muito acertadamente: Assim como um de seus personagens, Pedro, o Bartô foi embora cheio de domingo. Mas os livros ficam pra todos os dias.
Infelizmente não o conheci pessoalmente. Por isso, não pude agradecê-lo direito. Agradeci, claro, mas apenas por carta, por e-mail. Minha vontade mesmo era ter conversado com o Bartô, olho no olho. Para dizer o quanto seu gesto generoso foi importante para mim... Explico:
Recebi pelo correio, duas vezes, um envelope cheio de carinho. Li o remente e quase não acreditei. Abri e li o cartão, caprichosamente manuscrito, e fiquei muito, muito comovida. Chego a sentir agora, novamente, a emoção. A primeira vez foi em maio de 2008. Ele me escreveu depois de ter lido meu livro "Coisa boa". Um trecho do cartão diz assim:
Sônia,
(...)
Coisa boa é um livro cheio de poemas bonitos, feito para criança, mas capaz de embalar coração de adulto. Coisa boa é um livro que vai enriquecer a literatura infantil do país, pela qualidade do texto e beleza gráfica. (...)
Um abraço,
Bartolomeu Queirós
A segunda vez foi em agosto de 2009. Novamente ele comentou, com generosidade, um livro meu. Desta vez, "O segredo da xícara cor de nuvem". Escreveu assim:
Sônia, amiga minha.
Gosto de arroz-doce. É um doce delicado, com sabor macio, leveza de nuvem, e faz bem para quem acredita que é preciso alimentar a alma.
Assim foi seu livro. Li e fiquei querendo mais, como se raspando a xícara de arroz-doce. Muito obrigado, mais uma vez, e muita alegria sempre para continuar nos devolvendo a infância de maneira tão lúdica, inventiva e doce.
Abraços do
Bartolomeu Queirós
Meu muito obrigada, Bartô.
Oi, Sônia.
ResponderExcluirQue homenagem linda!
Tem pessoas que não conhecemos pessoalmente, assim como você,
mas parece que nossas almas já se conheciam há muito tempo.
Que honra seus livros terem sidos lidos e apreciados pelo Bartolomeu,
não tivemos esse privilégio.
Parabéns e guarde com carinho essas emoções.
Abraços Dobrados,
Tereza e Luiz
É incrível como Bartolomeu conduzia os fios de sua escrita. Um poema, uma carta, um bilhete, em tudo o que escrevia, por mais simples que fosse, havia poesia.
ResponderExcluirQue delicado o que ele te escreveu. Que lindo.
Sei que ficará para sempre em sua memória.
Bjs.
Belíssimo. Para guardar nas gavetinhas do seu coração.
ResponderExcluir